sábado, 27 de março de 2010

Quando o futebol vira palanque


Às vezes eu sinto de verdade que o Barcelona é usado como plataforma política de pseudo-separatistas que querem mais poder, dinheiro e controle sobre a região da Catalunya. Quando eu tento me convencer a não ser tão neurótica, Joan Laporta, presidente do Barcelona declara que quer criar um partido com gente que "pense primeiro na Catalunya" e tenha um líder (no caso, ELE) que empurre a todos sem individualismo. Um cara que acusado de autoritarismo e abuso de porder para se manter no presidência tem mesmo o perfil de um líder que pense primeiro na causa do que nele, não é?

Em seu blog na internet Laporta afirmou "os que vêem o partido como uma criação de uma nova plataforma de proteção e promoção social fique em casa", afinal ele quer proteção e promoção só para ele. No mesmo texto Laporta descreve a relação entre Catalunya e Espanha como "regime da vassalismo que tem que mudar".

Eu sei que meus comentários soam por demais "centristas" ou até mesmo "direitistas", o fato é que, em primeiro lugar eu acho que sim, a Espanha tem que se manter unida - ao menos territorialmente. Sendo assim, os entendimentos políticos devem seguir a linha da razão. A partir do momento que a Catalunya faz parte do país Espanha, ela está sujeta à regência desse país, embora tenha seus direitos. Nada de errado nos catalães reivindicarem o que acham que é certo e melhor para sua região, não estou criticando a luta, mas como ela se dá e por quem ela é regida. Não é à toa que Laporta faz essa declaração. Em junho ele deixa, finalmente, o comando do time blaugrana.

O Barcelona, não é de hoje, é usado como plataforma política de regionalistas e defensores da causa da Catalunya. Uma coisa é o clube representar ao orgulho da causa catalã, outra é o oportunismo de alguns de se ligar bonita imagem do clube (que é més que un club) para vantagens políticas. O Barcelona deve sim continuar sendo uma ferramenta de promoção da língua e a cultura catalã e de resistência "branca", e exatamente meu carinho e respeito pelo Barça que me faz criticar essa atitude oportunista.

P.s.¹: Sou um pessoa descrente. Não acredito na boa fé dos separatistas muito menos dos centristas. Acredito na verdade de um povo que se orgulha de sua região e de sua história.

P.s.²: Tenho uma antipatia gratuita pelo Laporta, confesso. Mas ele já provou por A mais B que não é santo.

P.s.³: Estou só esclarecendo certos pontos de vista porque sei que o assunto é polêmico, assim como a minha opinião. Sei que a maioria acha lindo e defende esse tipo de atitude, mas eu acho um absurdo. Tá meio óbvio que eu acho lindo quando futebol e política se envolvem, mas de uma maneira positiva. E eu não vejo esse caso assim.

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